Tomás Mais, brasiliano de cabeça chata, co-fundador da R.A.U.L. (Red Anarco Utopista Libre), acredita que a União Carnavalesca do Brasil Futebol Clube (Bovespa:BRA69) poderia ser refundada com um modelo pseudoutópico de Democracia Direta. Enquanto isso, planta árvores.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Sem Título

Sempre é desnunca
Nada é destudo
Ser é deslocado de mim mesmo
Poesia está em não estar
Não na significância das palavras
Mas na insignificância das despalavras

Ser ou não Ser (não poema)

O mistério diz e cala

A dúvida pode ser tudo ao mesmo tempo

O nada primordial era tudo integral

Esse é o mistério da metafisica


Cada coisa que digo

Não diz nada
mas quer dizer tudo

É o desejo de existir


Sei que eu não hei de permenacer

Retornarei ao pó

Daí o horizonte

A despalavra
O não estar

Tudo que se fala só pode ser negado

Nada afirmado
Tudo desconfirmado
A a-linguagem do dizer não fala
Não cabe sentido no absurdo

O ser de Sartre não é para o budismo

Budismo fala que não somos
O eu como ilusão do ocidente

Mas ao mesmo tempo caminham paralelos Sartre e Buda

Como as retas paralelas que se encontram no infinito
O horizonte estica o olhar para o desnunca
Até que o nada se aproxime do tudo
Impermanecer é caminhar além, ou aquém do ser
O nirvana de Sartre é enfrentar o nada com a consicência da liberdade imposta
Para o budismo abraçá-lo, desafiando-o passivamente
Para o budismo o nada é tudo