Tomás Mais, brasiliano de cabeça chata, co-fundador da R.A.U.L. (Red Anarco Utopista Libre), acredita que a União Carnavalesca do Brasil Futebol Clube (Bovespa:BRA69) poderia ser refundada com um modelo pseudoutópico de Democracia Direta. Enquanto isso, planta árvores.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Aviso: blog mudou de endereço

Agora estamos postando em http://redanarcoutopistalibre.blogspot.com/

Abraços anarquistas, utopistas e libertários!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Maggie's Farm

I ain’t gonna work on Maggie’s farm no more
No, I ain’t gonna work on Maggie’s farm no more
Well, I wake in the morning
Fold my hands and pray for rain
I got a head full of ideas
That are drivin’ me insane
It’s a shame the way she makes me scrub the floor
I ain’t gonna work on Maggie’s farm no more

I ain’t gonna work for Maggie’s brother no more
No, I ain’t gonna work for Maggie’s brother no more
Well, he hands you a nickel
He hands you a dime
He asks you with a grin
If you’re havin’ a good time
Then he fines you every time you slam the door
I ain’t gonna work for Maggie’s brother no more

I ain’t gonna work for Maggie’s pa no more
No, I ain’t gonna work for Maggie’s pa no more
Well, he puts his cigar
Out in your face just for kicks
His bedroom window
It is made out of bricks
The National Guard stands around his door
Ah, I ain’t gonna work for Maggie’s pa no more

I ain’t gonna work for Maggie’s ma no more
No, I ain’t gonna work for Maggie’s ma no more
Well, she talks to all the servants
About man and God and law
Everybody says
She’s the brains behind pa
She’s sixty-eight, but she says she’s twenty-four
I ain’t gonna work for Maggie’s ma no more

I ain’t gonna work on Maggie’s farm no more
No, I ain’t gonna work on Maggie’s farm no more
Well, I try my best
To be just like I am
But everybody wants you
To be just like them
They sing while you slave and I just get bored
I ain’t gonna work on Maggie’s farm no more

Bob Dylan

The Return of the Sith



I say again that, because we don't expect to overthrow governments, abolish world capitalism, make civilization vanish, turn everyone in the world into walking buddhas, or cure all social and economic ills, we don't have to wait for anything. If ten people walk beyound civilization and build a new sort of life for themselves, then those ten are already living in the next paradigm, from the first day. They don't need the support of an organization. They don't need to belong to a party or a movement. They don't need new laws to be passed. They don't need permits. They don't need a constitution. They don't need tax-exempt status. For those ten, the revolution will already have succeeded. They probably should be prepared, however, for the outrage of their neighbors.


Daniel Quinn, em Beyond Civilization, 1999

Civil Disobedience

How can a man be satisfied to entertain an opinion merely, and enjoy it? Is there any enjoyment in it, if his opinion is that he is aggrieved? If you are cheated out of a single dollar by your neighbor, you do not rest satisfied with knowing that you are cheated, or with saying that you are cheated, or even with petitioning him to pay you your due; but you take effectual steps at once to obtain the full amount, and see that you are never cheated again. Action from principle — the perception and the performance of right — changes things and relations; it is essentially revolutionary, and does not consist wholly with anything which was. It not only divides states and churches, it divides families; ay, it divides the individual, separating the diabolical in him from the divine.



Thoreau's Civil Disobedience, 1849






O Batuque

Vagas constelações de pirilampos
Ponteiam de oiro a densa noite escura.
Há um trágico silêncio na espessura
Dos matagais e na amplidão dos campos.

O batuque dos negros apavora.
Anda o saci nas moitas, vagabundo,
E almas penadas, almas do outro mundo,
Passam gemendo pela noite em fora.

Só, no ranchinho de sapé coberto,
Encosto o ouvido à taipa esburacada,
E ouço um curiango que soluça, perto...

Lambe a fogueira os últimos gravetos,
E pela noite rola, magoada,
A cantiga nostálgica dos pretos.




Joham Baptist Spix e Karl Friedrich Philipp von Martius * O Batuque em São Paulo * 1817

Ideologia e Utopia

[Nosso] estado de espírito é utópico porque, no pensamento e na prática, se orienta para objetos que não existem na situação real. Mas também porque transcende a realidade e, ao informar a conduta humana, tende a destruir, parcial ou totalmente, a ordem das coisas predominante no momento.
Karl Mannheim, 1958
Ideologia e Utopia

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A caverna


Esta é a caverna, quando a caverna nos é negada/Estas páginas são as paredes da antiga caverna de novo entre nós/A nova antiga caverna/Antiga na sua primordialidade/no seu sentido essencial/ali onde nossos antepassados sentavam a volta da fogueira/Aqui os que passam se encontram nos versos de outros/os meus versos são teus/os teus meus/os eus meus teus /aqui somos todos outros/e sendo outros não somos sós/sendo outros somos nós/somos irmandade/humanidade/vamos passando/lendo os outros em nós mesmos/e cada um que passa se deixa/essa vontade de não morrer/de seguir/de tocar/de comunicar/estamos sós entre nós mesmos/a palavra é a busca de sentido/busca pelo outro/busca do irmão/busca de algo além/quisá um deus/a busca do amor/busca do nada e do tudo/qualquer busca que seja ou apenas o caminho/ o que podemos oferecer uns aos outros a não ser nosso eu mesmo esmo de si?/o que oferecer além do nosso não saber?/nossa solidão?/somos sós no silêncio, mas não na caverna/ cada um que passa pinta a parede desta caverna com seus símbolos/como as portas de um banheiro metafísico/este blog é metáfora da caverna de novo entre nós/uma porta de banheiro/onde cada outro/na sua solidão multidão/inscreve pedaços de alma na forma de qualquer coisa/versos/desenhos/fotos/arte/literatura/anti-literatura/desregramento/inventando/inversando reversamento mundo afora dentro de versos reversos solitários de si mesmos/fotografias da alma/deixem suas almas por aqui/ao fim destas frases terei morrido um pouco/mas como diria o poeta, ninguém é pai de um poema sem morrer antes

Battre